Construindo Pontes para o Futuro da Sociologia: Entrevista com Ricardo Antunes de Abreu, Presidente da ANASOBR


Bem-vindos (as) ao Ciências Sociais em Foco!

Hoje, temos o privilégio de trazer uma entrevista exclusiva com um renomado profissional e líder em sua área. Ricardo Antunes de Abreu, Presidente da Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas - ANASOBR, traz consigo uma vasta trajetória no campo das Ciências Políticas e Sociais. Graduado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1991-FESP/SP), Ricardo Antunes de Abreu é um Sociólogo (MTE/DRT 1560) e especialista em Gestão Pública pela Escola de Administração Pública Municipal de Guarulhos, através do convênio com a UNICAMP. Sua experiência como Sociólogo se estende por 26 anos de trabalho dedicado na Prefeitura de Guarulhos, onde atualmente integra o grupo de analistas da Secretaria de Direitos Humanos - Subsecretaria da Juventude. Ao longo de sua carreira, Ricardo Antunes de Abreu adquiriu expertise em atividades relacionadas aos estudos e diagnósticos referentes à política social, tornando-se uma figura influente no cenário sociológico brasileiro. A ANASOBR, fundada em 17 de março de 2021, sob a liderança de Ricardo Antunes de Abreu, tem desempenhado um papel fundamental na defesa dos interesses, direitos e no reconhecimento profissional de todos os graduados em Ciências Sociais, Sociologia e Sociologia e Política. A associação busca garantir o reconhecimento legal dos Sociólogos e Sociólogas, conforme estabelecido pelo Ministério do Trabalho por intermédio da Lei 6.888/80 e do Decreto 89.531/84, que criaram e regulamentaram a profissão do sociólogo, respectivamente.

Nesta entrevista, conheceremos mais sobre o trabalho de Ricardo Antunes de Abreu, suas perspectivas sobre a Sociologia, os desafios enfrentados pela profissão e a relevância da atuação da ANASOBR para o campo das Ciências Sociais. Preparem-se para uma conversa enriquecedora com um profissional de destaque no universo da Sociologia/Ciências Sociais!

Como o Sr. avalia o mercado de trabalho para o(a)s sociólogo(a)s atualmente? Quais são as principais oportunidades e desafios enfrentados pela categoria?

Atualmente, vivemos um momento promissor para a atuação dos sociólogo(a)s no mercado de trabalho. A eleição do governo progressista do Lula abriu oportunidades significativas para a categoria, com a presença de sociólogo(a)s no primeiro escalão do governo federal, como a Sra. Janja, primeira-dama, e a Sra. Nísia Trindade, Ministra da Saúde. Essa conjuntura tem permitido reivindicar a contratação e a abertura de concursos para sociólogo(a)s em diversas áreas do governo federal. A Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas - ANASOBR, tem sido ativa nesse cenário, encaminhando ofícios para a criação do cargo de sociólogo (a) no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Ministério do Trabalho. Além disso, a associação tem se destacado na criação do Dia do Sociólogo em vários Estados e Cidades, também com um projeto nacional do Senador Nelsinho Trad (PSD/MS) PL nº 1456/2022 em andamento, que visa a instituir o Dia Nacional do Sociólogo, buscando aumentar a visibilidade da profissão e seu papel na sociedade. Avançamos também em duas agendas importantes ao realizar encontros com a Deputada Federal Tabata Amaral (PSB/SP) e o Deputado José Guimarães (PT/CE). Nessas reuniões, discutimos a urgência de pressionar a Casa Civil do Governo Federal para que o projeto de criação do Conselho Federal de Sociologia seja enviado ao Congresso Nacional. O Conselho Federal de Sociologia terá como propósito promover a profissão e estabelecer diretrizes para a pesquisa social, ampliando significativamente o mercado de trabalho para os sociólogo(a)s. Outra importante iniciativa da ANASOBR é a reivindicação, por intermédio de diversos ofícios, para a criação do cargo de Analista Técnico com graduação em sociologia/ciências sociais nas Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais. Esse cargo tem como atribuição principal a realização de pesquisas, estudos e diagnósticos socioeconômicos e demográficos locais, para subsidiar as comissões e grupos de trabalho afetos a estas esferas de governo. Importante também destacar a realização da primeira Pesquisa sobre o Perfil do Sociólogo e da Socióloga Brasileiro (a). A pesquisa visou traçar um perfil da categoria, bem como apontou as dificuldades e desafios para a inserção do sociólogo (a) no mercado de trabalho. Coletou uma miríade de informações que facilitarão sobremaneira a atuação da Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas - ANASOBR em prol da categoria. Em nível estadual, a ANASOBR trabalha junto a parlamentares e órgãos governamentais para a criação de cargos específicos de sociólogos(as) em diferentes setores. No Estado de São Paulo, com o apoio do Deputado Estadual Mauro Bragato (PSDB/SP), esforços foram envidados para criar o cargo de sociólogo no poder judiciário com o objetivo de realizar estudos e diagnósticos sobre temas relacionados às varas e setores do tribunal de justiça, buscando uma melhor compreensão dos conflitos sociais e das violações de direitos. Outra iniciativa importante foi a reivindicação junto à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo - Centro de Apoio Técnico à Pessoa com Deficiência - CAT, para a criação do cargo de sociólogo. Esse profissional teria a responsabilidade de elaborar diagnósticos sociais sobre o perfil, atendimento e denúncias de violências contra pessoas com deficiência, contribuindo para a construção de políticas mais inclusivas e sensíveis às necessidades desse segmento da sociedade. Dentro do contexto do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, reivindicamos a inclusão do profissional sociólogo(a) para conduzir a vigilância socioassistencial no âmbito do ‘Projeto de Fortalecimento da Vigilância Socioassistencial’. Essa iniciativa abrangerá diversos municípios do Estado de São Paulo, buscando aprimorar e fortalecer os mecanismos de monitoramento e avaliação das ações socioassistenciais. Essas ações têm sido de extrema relevância para a categoria, abrindo novas possibilidades de atuação e reconhecimento dos sociólogos(as) em diferentes esferas governamentais. A valorização da sociologia e das ciências sociais como fundamentais na construção de políticas públicas e na compreensão da realidade social é uma conquista que requer esforços contínuos. Apesar das oportunidades crescentes, ainda há desafios a serem enfrentados, como a valorização plena da profissão e a superação de possíveis resistências e preconceitos em relação ao papel dos sociólogos(as) na sociedade. Contudo, com o apoio de instituições como a ANASOBR e a conscientização da importância da sociologia/ciências sociais, os sociólogos(as) têm grandes possibilidades de consolidar sua atuação no mercado de trabalho e contribuir de maneira significativa para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

Em relação à legislação referente ao sociólogo, quais são as normativas e regulamentações que regem a profissão no Brasil? E quais as perspectivas para possíveis atualizações e melhorias nessa área?

A Lei 6.888/80 criou a profissão de 'Sociólogo', e o Decreto 89.531/84 regulamentou suas atividades, que incluem estudos e pesquisas sobre a realidade social, assessoria a empresas e órgãos públicos, e participação em projetos globais, regionais ou setoriais, desde sua concepção até a avaliação. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) classifica a profissão sob o CBO nº 2511-20, destacando também pesquisas sociais, econômicas e políticas, gestão de patrimônio histórico e cultural, estudos ambientais e de mercado, contribuição para políticas públicas e elaboração de documentos técnico-científicos. Em paralelo à luta pela criação do Conselho Federal de Sociologia, a ANASOBR tem empreendido diversas ações para promover e valorizar a profissão de sociólogo. Essas iniciativas buscam evidenciar para a sociedade que as atribuições previstas na Lei 6.888/84, Decreto 89.531/84 e CBO 2511-20 devem ser realizadas por profissionais especializados, de acordo com os critérios estabelecidos nos respectivos documentos.

Quais são os principais desafios que a ANASOBR tem enfrentado atualmente em sua organização e atuação em prol dos sociólogos e sociólogas no país?

Atualmente, a Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas - ANASOBR enfrenta alguns desafios significativos em sua organização e atuação em prol dos profissionais de sociologia/ciências sociais no país. A falta de recursos financeiros é um destes. Como uma entidade que busca representar e defender os interesses dos sociólogo(a)s, a ANASOBR depende de recursos financeiros para tocar suas frentes de luta. A captação de recursos pode ser um obstáculo, limitando a capacidade da associação de realizar ações, projetos e iniciativas que beneficiem os profissionais da área e promovam a valorização da sociologia/ciências sociais na sociedade. A Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas - ANASOBR também enfrenta a falta de apoio da academia e da comunidade política em seu projeto de criação do Conselho Federal de Sociologia. A criação do Conselho Federal de Sociologia é uma importante iniciativa que visa regulamentar e fortalecer a atuação dos profissionais da área, garantindo sua representatividade e promovendo a valorização da sociologia/ciências sociais no âmbito das políticas públicas e do cenário profissional. No entanto, a falta de apoio por parte da academia e da comunidade política pode dificultar a aprovação e implementação desse projeto. O engajamento e apoio das instituições acadêmicas que oferecem cursos de sociologia/ciências sociais são fundamentais para sensibilizar as autoridades competentes sobre a relevância e necessidade do Conselho Federal de Sociologia. O Conselho é uma estrutura que pode contribuir para a melhoria da qualidade da formação em sociologia/ciências sociais, além de promover a ética e o aprimoramento constante da prática profissional. Por sua vez, o apoio da comunidade política é essencial para viabilizar a criação do Conselho Federal de Sociologia por meio de leis e regulamentações. É preciso sensibilizar os legisladores e autoridades governamentais sobre os benefícios que esse órgão pode trazer para a sociedade, como o fortalecimento da ciência sociológica, a promoção da cidadania e a formulação de políticas públicas mais embasadas em estudos e pesquisas sociais. Ao enfrentar esses desafios, a ANASOBR demonstra sua força e capacidade de articulação em prol dos sociólogo(a)s no país, fortalecendo a profissão e sua relevância na construção de uma sociedade mais justa, informada e comprometida com o conhecimento científico e social.

Como tem sido a sua experiência pessoal como servidor público e sociólogo vinculado à ANASOBR? Quais são os aspectos mais gratificantes e desafiadores dessa experiência?

Trabalhar como sociólogo há 26 anos na Prefeitura de Guarulhos, realizando pesquisas, estudos e diagnósticos sobre políticas públicas na área de direitos humanos e sociais da cidade, tem sido uma experiência extremamente gratificante para mim. Poder atuar na área para a qual sou formado e, ao mesmo tempo, presidir uma entidade como a ANASOBR, que defende os interesses e direitos dos sociólogos e sociólogas, traz uma sensação de realização e propósito. Um dos aspectos mais gratificantes dessa experiência é ver o impacto positivo do meu trabalho na sociedade. Por meio das pesquisas e estudos que conduzo, sou capaz de contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas mais efetivas, voltadas para o bem-estar e a inclusão social dos cidadãos guarulhenses. Saber que minha atuação está direcionada para causas importantes, como os direitos humanos e sociais, me motiva a continuar buscando soluções inovadoras e embasadas em evidências para os desafios enfrentados pela cidade. Além disso, presidir a ANASOBR me proporciona a oportunidade de trabalhar em prol da valorização da profissão de sociólogo e do reconhecimento de sua relevância na sociedade. Representar os interesses da categoria e promover o fortalecimento da sociologia como ciência e campo profissional são objetivos que me inspiram e me conectam a outros colegas que compartilham dessa missão. Entretanto, a experiência também apresenta desafios, como lidar com a escassez de recursos e a complexidade das demandas sociais. A busca por recursos financeiros para viabilizar os projetos e iniciativas da ANASOBR é uma tarefa constante, exigindo criatividade e esforço para mobilizar o apoio necessário. Além disso, os problemas sociais são multifacetados e requerem abordagens holísticas, o que demanda constante aprimoramento e atualização dos conhecimentos e metodologias utilizadas na atuação como sociólogo.

Apesar dos desafios, a experiência como servidor público e sociólogo vinculado à ANASOBR me proporciona uma profunda satisfação profissional e pessoal. Ver a transformação positiva resultante do nosso trabalho em prol da sociedade e da profissão é recompensador e me motiva a continuar contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, informada e igualitária.

E em relação ao mercado privado, quais são as estratégias e propostas da ANASOBR para ampliar a inserção dos sociólogos e sociólogas nesse contexto?
Em relação ao mercado privado, a ANASOBR busca ampliar a inserção dos sociólogo(a)s nesse contexto por meio da criação do Conselho Federal de Sociologia. A implementação de um órgão normativo, regulador e fiscalizador específico para a profissão é de extrema relevância para a valorização e reconhecimento dos sociólogos no mercado de trabalho privado. Com a criação do Conselho Federal de Sociologia, a ANASOBR pretende estabelecer padrões de ética, qualidade e excelência profissional, que são fundamentais para a construção de uma imagem sólida e confiável dos sociólogo(a)s no mercado privado. Esse órgão poderá estabelecer diretrizes para a atuação dos profissionais, garantindo a observância de boas práticas e aprimorando a prestação de serviços em diversas áreas do setor privado. Além disso, o Conselho Federal de Sociologia também pode promover a articulação com empresas e instituições privadas, divulgando a importância da contribuição dos sociólogo(a)s em diferentes contextos empresariais. Ao evidenciar a expertise desses profissionais na análise de fenômenos sociais, nas pesquisas de mercado, no planejamento estratégico e em outras áreas, a ANASOBR busca despertar o interesse e a demanda pelo trabalho dos sociólogos no mercado privado. Vale salientar que no ano de 2023, já pautamos duas agendas, com a Deputada Federal Tabata Amaral (PSB/SP) e Deputado José Guimarães (PT/CE) que para que estes parlamentares enviem para a casa civil gov federal o projeto que visa a criação do conselho federal de sociologia.

Outra proposta é o fortalecimento do diálogo entre a ANASOBR e empresas, associações e entidades empresariais, com o objetivo de identificar necessidades específicas que podem ser atendidas pelos sociólogo(a)s. A realização de parcerias e projetos em conjunto pode abrir novas oportunidades de atuação para os sociólogos no mercado privado, mostrando sua capacidade de contribuir para o desenvolvimento sustentável das organizações e para a compreensão dos desafios sociais contemporâneos.

Portanto, a criação do Conselho Federal de Sociologia e o fortalecimento do diálogo com o setor privado são estratégias fundamentais da ANASOBR para ampliar a presença e a relevância dos sociólogo(a)s no mercado privado, consolidando sua atuação em diferentes áreas e contribuindo para uma sociedade mais informada, justa e equitativa.

Quais são os principais desafios em relação à formação e capacitação dos sociólogo(a)s para que possam atuar de maneira mais efetiva e inovadora em suas áreas de trabalho?

Os principais desafios em relação à formação e capacitação dos sociólogo(a)s para atuarem de maneira mais efetiva e inovadora em suas áreas de trabalho podem ser superados com duas estratégias fundamentais: a melhoria da grade dos cursos de graduação em sociologia/ciências sociais e a estruturação de cursos de formação continuada/aperfeiçoamento profissional pela Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas - ANASOBR.

  1. Melhoria da grade dos cursos de graduação: É essencial atualizar e enriquecer a grade curricular dos cursos de sociologia/ciências sociais, incluindo conteúdos que abordem o ensino de novas ferramentas e tecnologias. Inserir disciplinas voltadas para o uso de ferramentas como data studio, linguagem R e Python permitirá que os estudantes desenvolvam Habilidades analíticas mais avançadas e se tornem aptos a utilizar métodos e técnicas de análise de dados cada vez mais relevantes no contexto profissional. Além disso, incluir conteúdos sobre metodologias de pesquisa inovadoras e temas emergentes na sociologia/ciências sociais proporcionará aos futuros sociólogos uma visão atualizada e mais abrangente da área de atuação.

  2. Cursos de formação continuada/aperfeiçoamento profissional - A ANASOBR pode desempenhar um papel crucial no desenvolvimento e promoção de cursos de formação continuada para os sociólogo(a)s já formados. Esses cursos podem abranger diversos temas, desde o uso de novas tecnologias e metodologias até aprofundamento em áreas específicas da sociologia/ciências sociais. Essa iniciativa capacitará os profissionais a lidar com os desafios do mercado de trabalho em constante evolução, promovendo uma atuação mais efetiva e inovadora nas diversas áreas em que os sociólogo(a)s atuam. Um exemplo significativo de cursos de capacitação inclui o ensino de como criar e analisar indicadores demográficos, bem como estudar o mercado formal e informal de trabalho. Esses cursos oferecem habilidades essenciais para os sociólogo(a)s, permitindo que eles compreendam e interpretem dados demográficos relevantes, bem como investiguem a dinâmica e as tendências do mercado de trabalho, tanto em sua estrutura formal quanto informal. Essa capacitação enriquece o repertório profissional dos sociólogo(a)s, capacitando-o(a)s a contribuir de forma mais eficaz e informada para  a Formulação de políticas e intervenções sociais, além de torná-los mais aptos a enfrentar os desafios complexos que se apresentam no contexto socioeconômico atual.

  3. Além disso, a ANASOBR pode estabelecer parcerias com instituições de ensino e organizações especializadas para oferecer cursos, workshops e palestras que aprimorem a capacitação dos sociólogo(a)s e incentivem a contínua atualização de conhecimentos.

Dessa forma, ao aprimorar a formação acadêmica nos cursos de graduação e oferecer oportunidades de formação continuada, a ANASOBR estará contribuindo para o fortalecimento da profissão de sociólogo e para a atuação mais efetiva e inovadora desses profissionais em suas áreas de trabalho. O constante investimento na capacitação é crucial para que os sociólogo(a)s estejam preparados para enfrentar os desafios contemporâneos e contribuir para o avanço da ciência sociológica em prol de uma sociedade mais informada e justa.

Quais são as possíveis parcerias e colaborações entre a ANASOBR e outras instituições sindicais, acadêmicas e de pesquisa para fortalecer o campo da sociologia/ciências sociais no país?

Temos estabelecido um diálogo contínuo com as principais entidades de ciências sociais do país. Como exemplo, destacamos a realização conjunta de uma importante pesquisa que delineou o perfil do sociólogo e da socióloga brasileira, intitulada `Primeira pesquisa sobre o perfil do sociólogo e da socióloga brasileiro (a)`, realizada pelo Instituto MAS de Pesquisa, que teve como responsável técnico o Diretor do Instituto MAS, Sr. Marcos Agostinho da Silva. Essa iniciativa foi fruto da parceria da ANASOBR, com a Associação Brasileira de Ensino em Ciências Sociais - ABECS, a Federação Nacional dos Sociólogos do Brasil - FNS-B, a Associação Profissional dos Sociólogos do Estado do Rio de Janeiro - APSERJ, os Sindicatos dos Sociólogos do Piauí e da Bahia e a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo - FESPSP. Adicionalmente, estamos preparando uma reunião com a FNS-B, na qual pretendemos alinhar estratégias e encaminhamentos voltados para a interlocução com o governo federal. O objetivo dessa aproximação é pleitear o desenvolvimento e envio de um projeto ao Congresso Nacional, com o propósito de instituir o Conselho Federal de Sociologia. Essa medida visa fortalecer e aprimorar a atuação dos profissionais da área, bem como fomentar a relevância e o impacto das ciências sociais em nossa sociedade. Acreditamos que o Conselho Federal de Sociologia será um importante órgão representativo, capaz de contribuir para a formulação de políticas públicas e o avanço do conhecimento sociológico em nosso país. Continuamos comprometidos em promover a participação e a cooperação entre as entidades de ciências sociais, buscando um cenário favorável ao crescimento e à consolidação dessa área de conhecimento no Brasil. A colaboração entre todos os envolvidos é fundamental para a concretização desses objetivos comuns em prol da nossa ciência e da sociedade.


- Gostaram dessa entrevista?! Encerrar essa entrevista com Ricardo Antunes de Abreu foi uma experiência enriquecedora e inspiradora! É impressionante ver o comprometimento dele em lutar pela valorização da profissão de sociólogo(a) e pelo fortalecimento da sociologia e ciências sociais no Brasil. Como sociólogo recém formado, sempre percebi a delicadeza desse tema e a importância de debater as oportunidades e desafios enfrentados por nós, futuros profissionais. Acredito no potencial do curso e sinto que ainda há muito a ser feito para que os sociólogos(as) sejam devidamente reconhecidos e valorizados em nossa sociedade. Convido a todos a comentarem e divulgarem essa entrevista, para que juntos possamos promover uma discussão aberta sobre o papel da sociologia e ciências sociais e contribuir para uma atuação mais significativa e justa nessa área.



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